De quem é a responsabilidade da educação dos filhos? Como equilibrar a balança dos limites da educação dos filhos? Preocupações e confusão perpassam pelas regras e limites dos cuidados, principalmente quando se refere ao equilíbrio da balança nos limites da educação dos filhos.
Os pais não como via de exceção e estes tem a responsabilidade na influência do desenvolvimento da criança, dentro do processo eficiente dinâmico da interação familiar. Nesse contexto, pai e mãe precisam utilizar de uma comunicação paralela, dialógica entre o equilíbrio do CUIDAR e EDUCAR, sem perder o ATO DO AMOR.
Os pais são formadores da educação dos seus filhos. E a EDUCAÇÃO dos filhos permeia na área dos investimentos eternos e que vai requerer PACIÊNCIA E DEDICAÇÃO. Os investimentos eternos caminham para questões emocionais da boa distribuição do amor, carinho, gratidão, empatia e todo esse processo de formação que requer cuidados diários e contínuos na educação dos seus filhos.
O equilíbrio da balança nos limites da educação dos filhos é responsabilidade dos pais. A educação sempre será um ato de entrega e amor, independentemente do que aconteça no contexto familiar: se os filhos residem com os pais; se estes estejam em guarda compartilhada; que reside longe do seu país e outros contextos, o que estamos falando da educação dos filhos, da subjetividade humana, do amor que um pai e uma mãe têm pelo seu ser e que vai além das demonstrações de afeto, mas que caminha no cuidar, na sua mais variada configuração, mas também da importância do ato de amar, sendo colocados limites, regras e disciplinas na educação.
Nesse sentido, com base em Lídia Weber (2007), abaixo socializarei sobre disciplina, limites e regras:
Ultrapassa a configuração do senso comum entre impor limites e colocar punição, significa que nesse processo exige formação emocional no ato de ensinar na educação entre Pais e Filhos. Estou falando de disciplina que está diretamente ligado com a autonomia, com a formação da identidade, sobretudo com a independência dos filhos e que possa fazer ressonância na vida de adultos responsáveis.
Todo o trabalho de disciplina, requer a palavra mágica PACIÊNCIA, tempo de entrega para plantar e colher o ato de EDUCAR, que também necessitará de DEDICAÇÃO E ENERGIA, estará ligado na qualidade de tempo aplicado nesse ato dialógico, entre SER ENSINANTE e SER APRENDENTE. Nesse propósito, as mudanças ocorrem gradativamente, mas só exercerá eficiência, se somente se, for construída em conjunto entre a comunicação dialógica entre os pais.
Além disso, disciplinar não é só obedecer, é também mostrar aos filhos as barreiras entre o certo e o errado, ou seja, é mostrar as regras e os limites (“fronteiras que demarcam o que é permitido ou possível fazer e o que não é.”) (WEBER, 2007, p. 95); bem como mostrar os respectivos valores diante da vida.
Esse processo está implicado nas maneiras das interações interpessoais de convívio entre pais. O ato de educar vai além do ato da punição, o ato de educar, vai diretamente ao processo do amor de ensinar, lembrando que os filhos devem vivenciar uma vida INDEPENDENTE e RESPONSÁVEL, aproximando da realidade.
Se quiser que seu filho seja forte emocionalmente, busque a compreensão junto do mundo; valorizando as diferenças; explicando de forma dialógica os porquês da vida; compreendendo a importância entre o sim e o não; expondo o conhecimento de um mundo imposto com as regras; educando com qualidade; inteirando-se da vida dele e sobre qualquer condição, exerça o PODER DE SER MÃE E SER PAI EFICIENTE, por certo o verdadeiro sentido da existência será experimentada de forma construída e compartilhada.
PARANHOS, Mabel Luzia Cruz
Psicóloga Sistêmica de Casal e Família
CRP 03/11.418
REFERÊNCIAS
WEBER, Lígia. (2014) Eduque com Carinho: Equilíbrio entre amor e limites. 5ª edição. Curitiba. Editora Juruá.