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PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SISTÊMICA DO FILME CISNE NEGRO

admin
maio 7, 2019 PSICOLOGIA 0 Comment

 

O Cisne Negro reporta a história de uma mãe frustrada, que coloca suas expectativas de vida projetando-se para a filha. Emoções e sentimentos são projetados de forma reprimida, em torno de um sonho da filha, em se transformar uma famosa bailarina. Percebe-se assim, que o enredo do filme “Cisne Negro” vincula-se a uma dissociação da personalidade, que nos permite atrelamos aos estudos de Bowlby (2009), na perspectiva do apego, que nos diz: ser um sistema afetivo que tem proximidade como previsível. É visto como uma classe de comportamento social e ocorre quando são ativados certos sistemas comportamentais para pessoas essenciais. Esta ativação é processada por sistemas reguladores de segurança.

Por conseguinte, esta mãe vem fazer o sistema de regulação para com a sua filha, que é representado em  um duplo vínculo, associado a teoria do apego, no qual nos permite levantar hipóteses em que a vinculação dual, entre mãe e filha,  pode ter sofrido perdas, associadas a qualquer motivo ou por combinação com outras variáveis não identificáveis que  geraram respostas e processos de maior interesse para a psicopatologia. Observa-se que a história se desenrola apenas com a figura de apego da mãe, não existindo figuras subsidiarias de apego.

Nota-se nesse contexto familiar, a ausência de um espaço em que seja possível o estabelecimento de laços sociais de confiança, em que a protagonista possa falar e se manifestar, seja através da expressão dos sentimentos, seja através do desenvolvimento gradual de atitudes por parte da mãe que viesse corroborar para a inserção de “Nina” no universo adulto. A genitora, mantém com  atitudes infantis como forma desta não sair do seu controle. Nessa relação entre mãe e filha era preciso sentir sentimentos de angústia e alívio, que segundo Lamb (1981) considera a sequência de angústia e alívio especialmente merecedora de atenção por causa das oportunidades que ela oferece de importantes episódios de aprendizado social. No enredo do filme, percebe-se uma ausência desse sentimento, onde só é construída uma interação social apenas entre mãe e filha sem que se viva as frustrações naturais de ganho e perda que a vida possa oferecer.

O Cisne Negro vem ser analisado com o propósito de confrontar-se sensações que provoque o aparecimento dos pressupostos da Teoria Sistêmica, com a necessidade de aprofundá-la, proporcionando assim uma análise, que vem nos possibilitar um melhor entendimento da teoria com o filme apresentado na perspectiva da Teoria de Apego, que nos dá uma nova dimensão para a compreensão da natureza e origem dos vínculos afetivos.

Mencionar vários aspectos interessantes da trama, Cisne Negro, revela-nos de forma profunda de como acontece o processo que Jung chamou de dissociação da personalidade. Sendo assim, que a Teoria Sistêmica tem suas origens na física quântica, que nos permiti a partir da mudança na visão de mundo, onde se passou da concepção linear-mecanicista de Descartes e Newton para uma visão holística e ecológica.

A manipulação da mãe para com a filha, infantilizando-a, tornando-a dependente do processo apresentado na sua educação familiar, deixa a atriz,  representada pela bailarina, uma pessoa frágil. Contudo, o enriquecedor do processo é que a dinâmica familiar pode ser transformada voltada para uma perspectiva na totalidade, onde se presume uma compreensão, a conduzir os envolvidos da cena: bailarina e mãe uma totalidade integrada, onde as propriedades não devem ser isoladas, mas a cada ação provocada na ordem emocional deve ser interligadas e interdependentes. É assim que os conflitos emocionais dentro dos fenômenos biológicos, psicológicos, sociais e ambientais devem ser considerados interligados, interdependentes, intimamente interligados e  sistêmicos.

Não podemos descartar de todo o cenário apresentado no filme “O Cisne Negro”, com a visão da evolução do pensamento reducionista de Descartes vem nos proporcionar a conduzir  um surgimento de um novo paradigma: de se observar e compreender que o universo é um todo unificado que pode, até certo ponto, ser dividido em partes separadas, em objetos feitos de moléculas e átomos, compostos, por sua vez, de partículas. E a proposta da dissociação da personalidade, da trama do filme sugere-se estudar a noção das partes separadas, porém sempre essas partes devem ser associadas.

Neste novo paradigma o universo, é visto como uma teia dinâmica de eventos inter-relacionados. Nenhuma das propriedades de qualquer parte dessa teia é fundamental, todas elas decorrem das propriedades das outras partes do todo, e a coerência total de suas inter-relações determina a estrutura da teia.

A concepção sistêmica vê o mundo em termos de relações e de integração. Os sistemas são totalidades interligadas, cujas propriedades não podem ser reproduzidas a unidades menores. Todo e qualquer organismo é uma totalidade integrada e, portanto, um sistema vivo. Embora possamos discernir suas partes individuais em qualquer sistema, a natureza do todo, é sempre diferente da mera soma de suas partes. Outro aspecto importante reconhecido a partir do estudo dos sistemas é sua natureza intrinsecamente dinâmica. Suas formas não são estruturas rígidas, mas manifestações flexíveis, embora estáveis, de processos subjacentes.

O aspecto dinâmico do sistema leva a conceitos como “Cibernética” que estuda a comunicação e o sistema de controle dos organismos vivos e também nas máquinas. Este pensamento desenvolvido pelas diversas áreas de conhecimento científico, reiterado pelo pensamento filosófico da época, também foi absorvido pela prática clínica dentro do campo das psicoterapias. Ocorre então uma mudança de foco das teorias clínicas, que passa a observar mais os sistemas humanos do que o indivíduo recordado do seu contexto. O foco da visão clínica deixa de ser o intrapsíquico e passa para o inter-relacional. Assim, a Teoria Sistêmica é aplicada na atividade clínica. Há seguir descreveremos um pouco mais sobre o desenvolvimento da física na área específica dos sistemas, relacionando-a com a Terapia Sistêmica, que é o tema que  nos interessa no presente trabalho.

         CICLO DE VIDA: O ciclo de vida em que a família se encontra é caracterizado por “Família com filhos crianças, adolescentes e adultos”, em que os pais “podem esperar que seus filhos se comportem mais como adultos, refletindo uma fronteira ou barreira geracional forte demais” (CARTER & MCGOLDRICK , 1995, p. 19) .Apesar desta fase caracterizar-se por uma fase em que os filhos assumem papéis diferenciados na família, no caso específico de “Nina” existe uma simbiose, um emaranhamento entre as duas (mãe e filha) não permitindo a mãe que a jovem cresça, tome suas próprias decisões e se torne mais autônoma.

 

       NOVOS ARRANJOS: Percebem-se neste caso, traços específicos dos novos arranjos familiares. A mãe de “Nina” demonstra ser mãe solteira, e ter criado a filha sozinha. Esta mãe dedica-se quase que exclusivamente aos cuidados da jovem, esquecendo-se dela, o que a faz consequentemente, cobradora cruel da filha, depositando todas as suas frustrações nesta relação simbiótica.

TEORIA DE APEGO: Nina apresenta apego inseguro ambivalente de forma predominante. De forma insegura de lidar com algumas pessoas, e no medo de ser deixada por sua mãe, a qual a trata muitas vezes como uma criança indefesa e em outros como uma adulta. Porém, a garota tem comportamentos que denotam um apego inseguro, quando se utiliza da falta de alimentação, demonstrando no seu corpo a sua fragilidade, como uma possível forma de fugir dos ataques de sua mãe.

Observa-se o apego inseguro ambivalente no medo de ser deixada, abandonada, no seu sentimento de ódio, na alternância de comportamentos, representados nas cores dos cisnes ( preto, vermelho branco); a jovem traz uma comunicação de socorro, por estar inserida em um ambiente que lhe cobra atitudes e comportamentos com muito rigor, não permitindo que ela seja ela mesma.

Segundo na perspectiva de John Bowby, observam-se distintamente quatro fases do apego em que a mãe e a protagonista da história puderam ter desenvolvido ou não ao longo do ciclo da vida, a citar:

  1. Fase 1: Orientação e sinais com discriminação limitada da figura. Exemplo teórico: sentidos olfativos e auditivos limitados. Exemplo prático: acompanha com o olhar os movimentos da pessoa que lhe é próxima.
  2. Fase 2: Orientação e sinais dirigidos para uma figura discriminada (ou mais de uma). Exemplo teórico: interesse acentuado pela figura materna. Exemplo prático: demonstra interesse maior pela mãe.
  3. Fase 3: Manutenção da proximidade com uma figura discriminada por meio de locomoção ou de sinais. Exemplo teórico: repertório de respostas amplia-se. Exemplo prático: passa a estranhar pessoas que são de seu convívio.
  4. Fase 4: Formação de uma parceria corrigida para uma meta. Exemplo teórico: a figura de apego começa  a ser mantida. Exemplo prático: sente-se segura ao realizar tarefas ao lado da mãe (primeiros passos).

O filme, ao ser retratado, não passou as etapas de desenvolvimento do ciclo de vida de Nina com a mãe. Todo seu desenvolvimento se deu apenas com a figura principal de apego, a mãe, não existindo evidências de figuras de apego subsidiárias. Presume-se assim, que qualquer forma de comportamento que implique em alcançar ou manter uma proximidade com o outro indivíduo diferenciado e preferido surgindo à necessidade de segurança e proteção, que são evidenciados pela importância da ligação emocional para orientar o desenvolvimento afetivo, cognitivo e social da criança.

         DIFERENCIAÇÃO DO SELF: Observa-se que “Nina” não está diferenciada; estando num processo muito intenso de simbiose e fusão com sua genitora. Nota-se, do mesmo modo, que sua mãe também não passou por um processo de diferenciação; está muito vinculada a sua história de provável abandono e frustrações. Há um processo de repetição de sentimentos e comportamentos entre gerações; a presença de projeção familiar e de transmissão multigeracional; bem como, um relacionamento emaranhado, onde “Nina” tem um duplo comportamento na relação com a mãe; ora  de adulto, e em outros momentos, uma  criança frágil. O que acarreta um desequilíbrio emocional; uma dependência emocional em relação à mãe. Apresentando sempre respostas reativas, comportamento típico de pessoas pouco diferenciadas.

         ESCOLA ESTRUTURAL: As fronteiras no caso em questão são fronteiras difusas, em que os papeis não são bem definidos; as relações são emaranhadas. Havendo necessidade de um realinhamento entre os subsistemas, uma vez que “Nina” sofre com as interferências  de sua mãe em relação às suas decisões.

COMUNICAÇÃO: Observa-se um duplo vínculo, por parte da mãe em relação à filha; em que diz uma coisa e se comporta de outro modo.

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS:

 

BOWLBY, J. Apego. A natureza do vínculo. São Paulo: Martins

Fontes. Volume 1, 2009.

BOWLBY, J. Apego. Separação, Angústia e Raiva. São Paulo: Martins

Fontes. Volume 2, 2004.

BOWLBY, J. Apego. Perda, tristeza e depressão. São Paulo: Martins

Fontes. Volume 3, 2004.

BOWLBY, J. Apego. Formação e rompimento dos laços afetivos. São Paulo:

Martins Fontes, 2006.

BOWLBY, J (1988). Apego e perda: separação, angústia e raiva (Vol. 2, 3ª Ed.) São

Paulo: Martins Fontes (original publicado em 1973).

 

 

 

 

 

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